Fazendo aquele velho garimpo na web, me deparei com uma mensagem de um dos membros da banda "DOIS EM UM", que divulgava o seu mais novo trabalho intitulado "AGORA". Confesso que nunca tinha dado uma chance para a banda e mesmo, eles, recebendo tantos elogios nas redes sociais nunca dei um clique para conferir o trabalho. Tão logo você percebe que algumas atitudes como preguiça não compensa! As vezes ignorar a chance de ouvir algo bom e surpreendente é pura burrice! O que se houve é um álbum maduro, com sonoridade rebuscada, letras poéticas e alguma coisa no som que ainda trás aquela velha penumbra do rock indie (sem deixar de ser original). Se você esta afim de ouvir algo novo que não remeta puramente a distorção e baterias de bumbo duplo, recomendo "DOIS EM UM".
O rock baiano, desde suas origens, sempre foi um terreno fértil para a inovação e a fusão de estilos. Se olharmos os textos de Léo Cima aqui do blog "Soterorockpolitano", você vai ver que o cenário atual do rock na Bahia continua a se reinventar, mantendo viva a chama de suas raízes enquanto abraça novas influências. Nos anos 70 e 80, o rock baiano emergiu com uma identidade própria, mesclando ritmos regionais como o samba e o axé com as guitarras distorcidas e a energia do rock. Bandas como Camisa de Vênus e artistas como Raul Seixas marcaram época, criando um legado que até hoje inspira novas gerações. Atualmente, o cenário do rock na Bahia é caracterizado por uma diversidade impressionante. Bandas como MAEV (Meus amigos Estão Velho), BVOE (Búfalos Vermelhos e Orquestra de Elefantes), Entre Quatro Paredes, Demo Tape, URSAL, LUGUBRA, Declinium, Venice e muitos outros nomes trazem novas sonoridades, combinando letras poéticas e engajadas com arranjos que passeiam pelo indie,