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O novo disco de Rob Zombie


O novo disco de Rob Zombie, “Venomous Rat Regeneration Vendor”, possui uma capa que tem toques sujos e nojentos (a face de Zombie e desenhos de ratos), mas que também remete aos LPs coloridos da era hippie e psicodélica do final dos anos 1960. Quanto ao som, as únicas referências a essa época, forçando a barra, são o órgão Hammond na ótima faixa “Dead City Radio and the New Gods of Supertown” e a versão para “We’re an American Band”, do Grand Funk.
O que se ouve em “Venomous Rat Regeneration Vendor” é o metal industrial da época do White Zombie, com muitos diálogos, narrações e efeitos sonoros incidentais. Zombie canta como um Alice Cooper atualizado, com muita interpretação e energia. O resultado é um ritmo pulsante com muita distorção e que embalará os “pula pulas” nos shows. Bons exemplos são “Teenage Nosferatu Pussy”, “Revelation Revolution”, “Behold, The Pretty Filthy Creatures!” e “Lucifer Rising”, que são os pontos altos do álbum.

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O rock baiano, desde suas origens, sempre foi um terreno fértil para a inovação e a fusão de estilos. Se olharmos os textos de Léo Cima aqui do blog "Soterorockpolitano", você vai ver que o cenário atual do rock na Bahia continua a se reinventar, mantendo viva a chama de suas raízes enquanto abraça novas influências. Nos anos 70 e 80, o rock baiano emergiu com uma identidade própria, mesclando ritmos regionais como o samba e o axé com as guitarras distorcidas e a energia do rock. Bandas como Camisa de Vênus e artistas como Raul Seixas marcaram época, criando um legado que até hoje inspira novas gerações. Atualmente, o cenário do rock na Bahia é caracterizado por uma diversidade impressionante. Bandas como MAEV (Meus amigos Estão Velho), BVOE (Búfalos Vermelhos e Orquestra de Elefantes), Entre Quatro Paredes, Demo Tape, URSAL, LUGUBRA, Declinium, Venice e muitos outros nomes trazem novas sonoridades, combinando letras poéticas e engajadas com arranjos que passeiam pelo indie,

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O garage noir da The Futchers. Por Leonardo Cima.

Nesses últimos dois meses, o selo SoteroRec teve a honra e a felicidade de lançar na sua série Retro Rocks, os trabalhos de uma das bandas mais interessantes que a cena local já teve e que, infelizmente, não teve uma projeção devidamente extensa. Capitaneada por Rodrigo "Sputter" Chagas (vocal da The Honkers), a The Futchers foi a sua banda paralela idealizada e montada por ele próprio no final do ano de 2006. A propósito, o nome Futchers vem inspirado da dislexia do compositor britânico Billy Childish, que escreve as palavras da mesma maneira que as fala. Ele, ao lado de mais quatro integrantes, também de bandas locais da época, começaram os ensaios com uma proposta sonora voltada mais para o mood e o garage rock, se distanciando um pouco dos seus respectivos trabalhos nos grupos anteriores. Relembrando um pouco daquele período e como observador, esse "peso" de não ter que se repetir musicalmente recaía um pouco mais sobre Rodrigo. Não que houvesse isso