O rock baiano, desde suas origens, sempre foi um terreno fértil para a inovação e a fusão de estilos. Se olharmos os textos de Léo Cima aqui do blog "Soterorockpolitano", você vai ver que o cenário atual do rock na Bahia continua a se reinventar, mantendo viva a chama de suas raízes enquanto abraça novas influências.
Nos anos 70 e 80, o rock baiano emergiu com uma identidade própria, mesclando ritmos regionais como o samba e o axé com as guitarras distorcidas e a energia do rock. Bandas como Camisa de Vênus e artistas como Raul Seixas marcaram época, criando um legado que até hoje inspira novas gerações.
Atualmente, o cenário do rock na Bahia é caracterizado por uma diversidade impressionante. Bandas como MAEV (Meus amigos Estão Velho), BVOE (Búfalos Vermelhos e Orquestra de Elefantes), Entre Quatro Paredes, Demo Tape, URSAL, LUGUBRA, Declinium, Venice e muitos outros nomes trazem novas sonoridades, combinando letras poéticas e engajadas com arranjos que passeiam pelo indie, pop e até pela música eletrônica. Esses grupos têm alcançado reconhecimento não apenas localmente, mas também em outras regiões do Brasil, mostrando que o rock baiano continua relevante e inovador.
Além disso, eventos e festivais têm sido fundamentais para manter a cena viva e ativa. Festivais como o Big Bands, Palco do Rock, Estopim 25 anos, Rock Concha, Radioca... proporcionam plataformas essenciais para bandas emergentes e veteranas, fomentando um ambiente de troca cultural e fortalecimento da comunidade rock.
Outro ponto importante é a utilização das redes sociais e plataformas de streaming, que têm permitido que bandas baianas alcancem um público maior, ultrapassando barreiras geográficas e conquistando fãs de diferentes partes do mundo como é o caso da banda Organoclorados, que divulga o seu material por todo o território terrestre.
A diversidade de estilos dentro do rock baiano atual reflete a própria diversidade cultural da Bahia. Bandas e artistas estão explorando novas sonoridades, experimentando com instrumentos e ritmos não convencionais e criando algo único e autêntico. Essa busca incessante por inovação, aliada ao respeito pelas tradições, é o que mantém o rock baiano vibrante e relevante. Além dos artistas solos que fazem com que o leque de opções seja ainda maior como André L. Mendes, Cadinho, André Dias e muitos outros com trabalhos formidáveis.
O rock baiano segue firme, adaptando-se aos tempos modernos sem perder sua essência. A criatividade e a paixão dos músicos baianos garantem que o legado do rock na Bahia continuará a crescer, surpreendendo e encantando novas gerações de fãs. Do Heavy Metal ao Pop Rock, passando pelo hardcore, Rock Industrial e Rock gótico. É só escolher e apertar o velho play! Vida longa ao nosso ROCK BAIANO!
Texto por Sérgio Moraes
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