Já
se passou mais um carnaval nesta nossa amada e ao mesmo tempo odiada cidade e,
como já é de costume, aconteceu mais uma edição do tradicional Palco do Rock.
Como fazemos em todos os anos, desde que o Portal Soterorockpolitano existe, escolhemos
um dia na sua programação para conferir como foi a celebração rocker que já acontece
há vinte anos dentro da festa de momo. O dia escolhido foi a segunda feira de
carnaval e rumamos direto para o Coqueiral de Piatã para conferir o terceiro
dia da festa.
A viajem de ida (e de volta) até o
local é massacrante. Qualquer lugar parece ser distante de Piatã, tenha o
roqueiro partido da Federação, da Cidade Baixa ou de Camaçari, parece que você
nunca vai chegar.
Mas não adianta reclamar, o lugar já se tornou parte da identidade do evento e não há outro lugar que possa suportar a quantidade de gente que vai ver os shows. E bota gente nisso! A todo instante não parava de chegar pessoas vindas de todos os cantos da cidade. Assim como nos outros dias, a segunda feira de PDR recebeu um grande número de roqueiros que queriam se divertir com a música que queria ouvir, beber a cerveja que tivessem vontade de beber e ver as pessoas que queriam ver. Tinha os rostos familiares, o horizonte infinito de camisas pretas, pessoas surtando em “slow-motion” ou saltitando em descompasso com a música, aqueles que compareceram em todos os dias e tinha aqueles que trocavam ideia entre uma banda e outra, ou seja, gente de tudo quanto era tipo confraternizando. De fato, para o Palco do Rock só não vai quem não quer mais...
Mas não adianta reclamar, o lugar já se tornou parte da identidade do evento e não há outro lugar que possa suportar a quantidade de gente que vai ver os shows. E bota gente nisso! A todo instante não parava de chegar pessoas vindas de todos os cantos da cidade. Assim como nos outros dias, a segunda feira de PDR recebeu um grande número de roqueiros que queriam se divertir com a música que queria ouvir, beber a cerveja que tivessem vontade de beber e ver as pessoas que queriam ver. Tinha os rostos familiares, o horizonte infinito de camisas pretas, pessoas surtando em “slow-motion” ou saltitando em descompasso com a música, aqueles que compareceram em todos os dias e tinha aqueles que trocavam ideia entre uma banda e outra, ou seja, gente de tudo quanto era tipo confraternizando. De fato, para o Palco do Rock só não vai quem não quer mais...
O dia do evento em questão aguçava
um pouco mais a expectativa do público presente, pois trazia um lineup com
predominância de bandas de metal e como headliner da noite o cantor André Matos
(ex-Viper, ex-Angra e ex-Shaman). Ao contrário do ano anterior, onde o evento
começou pontualmente na hora marcada, o inicio das apresentações teve cerca de
uma hora e meia de atraso e comprometeu um pouco o andamento da grade de bandas,
que era um total de sete e que teve a inclusão de mais outras duas dos dias
anteriores. O contratempo do atraso levou ao adiamento da apresentação da banda
Batrakia, que se apresentou no dia seguinte. O som do palco inicialmente não
estava muito bom, o que é normal, mas a produção foi melhorando a sua qualidade
ao longo das apresentações dos grupos.
Lineup
apertado e apresentações vigorosas.
Neste ano comemorativo o Palco do Rock
apresentou uma grade interessante de bandas, que superou a do ano passado e que
respondeu bem à expectativa das pessoas que aguardavam a sua divulgação. Bandas
como Jato Invisível, Pastel de Miolos, Agressivos, Blessed in Fire, Veuliah,
Mercy Killing, Korzus (SP), Garotos Podres (SP), além das demais, certamente
fizeram shows memoráveis e ficam aqui as nossas considerações por não tê-las
visto.
As atividades se iniciaram com a banda
Hextor, tocando o seu trash metal. Os rapazes abriram o evento com muito gás e
nem mesmo a baixa qualidade do som do palco em sua apresentação atrapalhou a
performance da banda, que deu uma boa aquecida inicial no publico que se
formava em meio aos ventos frios que anunciavam a chuva que ia cair. Na
sequência veio ao palco o guitarrista Ricardo Primata. O musico baiano fez uma
apresentação competente, porém curta, o que deixou um gosto de quero mais no
ouvido de quem estava presente. Logo após, se apresentou a banda Pâncreas com
seu hard rock com letras bem humoradas em português, bons solos e riffs de
guitarra e vocalista empolgadíssimo. Mandaram bem! Em seguida veio a Acanon
executando o seu som pesadíssimo com destaque para a ótima dupla de vocais,
depois (e já sob a chuva) a Behavior aqueceu ainda mais a noite com o seu death
metal que agradou, e muito, a maioria das pessoas que assistiram a sua
apresentação e a Headhunter DC, que também trouxe o seu death metal e não fez
feio, tocou clássicos do seu repertório e canções de trabalhos mais recentes. Essas
três bandas formaram, com certeza, a sequência mais vigorosa da noite, onde a
chuva que ameaçava cair tinha, enfim, desabado, mas que só fez aumentar o ânimo
da audição. E sim, o som do palco já havia melhorado bastante nesse momento!
A Overturn foi ao palco e fez um show
curto, mas foi uma boa ponte para a última apresentação da noite. Em sua
primeira apresentação como artista solo em terras baianas, o André Matos (com
sua banda bem entrosada) fez uma ótima apresentação e entregou aos seus fãs e aos
demais presentes os seus falsetes característicos que deixam as garotas
encantadas e os rapazes petrificados, ou vice-versa, além das duas horas de
show que o PDR havia divulgado na grade oficial do evento. O ex-vocalista do
Viper, do Angra e do Shaman tocou hits de todas as bandas que passou na
primeira hora do show e, na sua segunda metade tocou na íntegra o disco Angels
Cry do Angra que, assim como o Palco do Rock, também completa vinte anos em
2014. Foi um bom show de encerramento para uma noite de bandas inspiradas.
É fato que o atraso e a quantidade de
bandas deixaram o lineup mais apertado e mais
corrido para que os shows
pudessem acontecer, mas isso não foi motivo para que os grupos dessem pouco de
si em suas apresentações. Cada banda deu o seu melhor e isso fez toda a
diferença para cada uma delas. Se teve algo que não pegou bem foi o discurso
“anti-carnaval” e “anti-qualquerestilomusical” que algumas bandas colocaram
entre uma música e outra. Seria melhor esquecer esse discurso, é um discurso
velho e mais do que batido, o rock não precisa se sustentar nele para se firmar
e cada apresentação que aconteceu é uma prova disso. Além desses fatos, houve
relatos de pessoas que juraram ter visto aparições misteriosas de um tal de
Heisenberg perambulando pelo coqueiral, degustações ritualísticas de acarajé e
ouvido alcances vocais que chegavam na estação da Lapa. Agora é só aguardar o
carnaval de 2015! Ou o carnaval da copa!