Este
último sábado foi dia do lançamento oficial do disco de estréia da Rattle, Tales
of the Dark Cult, e o Portal Soterorock foi conferir o que aconteceu na
festa, que ainda contou com as bandas Acanon e Portal. Ocorrida em um bom
horário, uma matinê, o evento atraiu bastante gente para o Dubliners Irish Pub
e rendeu performances interessantes para quem estava presente.
Primeira
a subir no palco e apresentando nova formação, a Acanon tocou desfalcada do seu
baixista, mas nesse caso menos foi mais. Quando o grupo começou o show eu
estava afastado do palco e com várias pessoas na minha frente e não percebi que
a banda tocava só com a dupla de vocais, o baterista e o guitarrista. O som
estava impressionantemente pesadíssimo e muito bem tocado, a guitarra e a
bateria tomaram bem o espaço sonoro do lugar, ganhando volume sem piedade.
Antes deles anunciarem que estavam sem o baixista achei ser interessante essa
formação diante do peso sonoro que os quatro estavam fazendo. Imagine como
seria com o time completo! Abriram bem a festa.
Depois
entrou a Portal, que curiosamente também estava sem a presença do seu baixista.
O inicio da apresentação sinalisava que este não seria um show tão bom, ou
empolgante, mas mesmo assim não deixou de ter o seu valor. Ao contrário da
banda anterior, a Portal não tinha um som volumoso e acabou sofrendo com isso
em alguns momentos quando entrava um solo de guitarra e se percebia a
necessidade de mais um instrumento para preencher a musica, que ficava
nitidamente vazia. Mas mesmo assim eles seguiram, o esforço dos integrantes foi
louvavel e arrancaram alguns tímidos aplausos.
Encerrando
o evento, a Rattle fez o show do seu mais recente trabalho, que estava há muito
tempo aguardado por fãns. Levando mais tempo para ficar pronto por conta da
troca de integrante da banda, o Tales of the Dark Cult foi muito bem
recebido e festejado, ganhando uma boa receptividade ao vivo dos admiradores e
tendo um empenho exemplar dos seus autores. Isso proporcionou uma performance
mais calorosa e mais agitada da banda, que dialogou bem com o público. Bem fiel
às versões do estúdio, o conjunto iniciou os trabalhos com a intro de Zé do
Caixão e se destacou em faixas como Whispers, Hell of the Living Dead
e Call of Duty, um problema técnico no microfone foi logo resolvido e as
rodas de pogo finalmente se fizeram presentes no local.
Foi
um bom encerramento de evento e uma bom lançamento de uma obra feita com um bom
nível de qualidade e que teve uma boa atenção de quem foi prestigiar o grupo. O
tempo de aguardo aumentou as expectativas sobre o lançamento disco, mas isso
nem de longe foi um problema. A banda afinada e bem entrosada atendeu ao que
cada um ansiava ali, colocando um final à longa espera.
*Matéria originalmente publicada em 22/09/2015