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Mostrando postagens de março, 2017

Engrenagens a todo vapor.

No último sábado do dia 25/03, aconteceu o encerramento da temporada de shows que comemorou os vinte anos de estrada da Modus Operandi. Foram quatro datas com a anfitriã convidando bandas interessantes, em noites de performances verdadeiramente intensas e com o público comparecendo de maneira significativa no Buk Porão. O Portal Soterorock foi até o Pelourinho mais uma vez conferir como foi a celebração do Modus Operandi Convida e presenciou o êxtase da explosão musical dos três conjuntos que se apresentaram. O centro histórico estava bem movimentado. Passando pelo Santo Antônio, uma grande fila de carro se aglomerava próximo ao restaurante que ganhou um concurso televisivo naquele dia e a grande quantidade de gringos sentados pela escadaria da igreja do Carmo chamaram a atenção. Igualmente cheio estava o Buk Porão, amigos e muita cara nova, e interessada por conhecer novos sons, marcaram presença nesta noite que já vinha gerando uma expectativa grande pelo seu significado, e

SUNDAY ROCK - Alagoinhas, Bahia, Brasil. Por Artur W.*

"Sonho que se sonha junto é realidade" (Raul Seixas) Idealizado por Artur W (Organoclorados) e Daniel Barbosa (Universo Variante), o SUNDAY ROCK propõe a ocupação de um espaço-tempo alternativo para combater a monotonia das tardes de domingo. Ao reunir música, expressões artísticas diversas e atividades lúdicas, num ambiente de estímulo à criatividade, o evento também objetiva promover o encontro de amigos, artistas, agitadores culturais da cena alternativa e independente. Sustentáculo do SUNDAY ROCK: não esperar, colaborar, buscar alternativas, agregar cabeças pensantes, planejar e fazer acontecer. Assim o evento nasceu em Alagoinhas, cidade a 120 km de Salvador, capital do estado da Bahia, Brasil. Voltado para um público altamente diverso e de todas as idades, o SUNDAY ROCK figurou ainda como uma opção de lazer e cultura para as famílias, devido ao seu formato descontraído, preço acessível e horário vespertino. A primeira edição do SUNDAY ROCK foi

Banda Modus Operandi celebra 20 anos de carreira com muito rock e convidados no Buk Porão. Por Duda Spínola.*

Este ano, o Portal Soterorock passa a ter colaborações de músicos e artistas da cena local para que eles tragam as suas impressões sobre o que acontece aqui no cenário. Testemunhos sobre shows sob a ótica de quem faz o rock acontecer na Bahia. Para começar, o cantor e compositor Duda Spínola nos conta como foi a segunda noite do Modus Operandi Convida. Em mais uma edição de uma série de shows comemorativos pelos 20 anos de carreira, a banda Modus Operandi convidou, no último sábado (11/03), as bandas Pastel de Miolos e Os Jonsóns. Primeira atração da noite, Os Jonsóns começaram cedo, por volta das 20:30 já estavam no palco mandando repertório autoral com influências que vão desde o rockabilly até o rock gaúcho. Com letras sarcásticas e irreverentes, Os Jonsóns botaram o público presente pra dançar. Em seguida, vieram os veteraníssimos da Pastel de Miolos, agora um duo, com repertório autoral de punk rock e hardcore, os caras mandaram uma sequência arrasadora de músicas

Mais vinte anos para a Modus Operandi.*

Vinte anos não são vinte dias! Essa afirmação bastante popular pode ser bem clichê, mas o fato é que ela é verdadeira, possuindo um grande peso e significado muito profundo. Ainda mais quando posta em um contexto no qual um grupo de rock comemora mais uma primavera de atividade na cena roqueira local. A banda Modus Operandi festeja a sua segunda década de existência com o evento Modus Operandi Convida, no qual o quarteto se apresenta com mais dois conjuntos locais, em cada sábado desse mês de março, no Buk Porão Bar e com a proposta de tocar um disco da sua discografia para cada data. Nesta investida inicial, a noite soteropolitana estava fria. Fria e aparentemente vazia. O caminho até chegar ao local deste primeiro sábado estava estranhamente calmo, considerando que foi um final de semana de pós-carnaval e no qual a cidade ainda costuma se mergulhar na ressaca (festiva!) da agitação de momo. Nem o Pelourinho estava muito além do que se poderia imaginar: muita gente, claro, ma

Singles, uma pequena ótima dose.*

Não, esse texto não é sobre a foto acima (mesmo sendo um filme altamente recomendável). O volume de produção das bandas e artistas baianas de rock é muito maior do que se pode imaginar. Bem maior! Além dos constantes, praticamente diários, shows do gênero na capital (principalmente) e no interior da Bahia, e dos lançamentos de EPs e CDs cheios, ambos com quantidade considerável de faixas, tem acontecido com frequência a disponibilidade de singles feitos pelos grupos locais. São investidas objetivas e interessantes, econômicas até, e que mostram um pouco da música de quem o lança. Neste ano, até o momento em que escrevo esse texto, um número considerável desse recurso foi lançado por grupos do cenário daqui, mostrando a atividade que o estado vem tendo neste sentido. Os propósitos para a disponibilização dos mesmos são diversos. Seja uma prévia do que virá de um disco a ser lançado, para dar um gostinho aos seus seguidores (que já esperam por algo há algum tempo), para marcar um

Ao ponto e adiante.*

Um trabalho como este, lançado neste ano de 2016, não poderia passar despercebido aqui no Portal Soterorock. O disco em questão traz à tona, mais uma vez, o trabalho musical de um artista bastante atuante e presente na cena baiana (seja no palco, ou fora dele), e evidencia a sua qualidade quanto compositor, letrista e músico de primeira linha. Em seu segundo EP, Direto ao Ponto, Duda Spínola traz consigo uma boa quantidade da sua ótima percepção musical e acerta em seu resultado final. Ao longo das nove faixas do cd, o cantor e compositor diversifica sem atirar para qualquer lado em suas canções, mirando justamente no que vê e, assim, criando uma unidade sólida e consistente dentro do seu universo. Composto por cinco canções inéditas, mais três do seu primeiro trabalho e mais uma lançada recentemente na coletânea Outro Jeito – Da Bahia Para o Mundo, Duda mostra também o quanto é competente dentro do estúdio, uma vez que ao vivo o seu desempenho chama a atenção pela sua técnica

Bons rocks, sem maníaco da seringa ou palhaços psicóticos.*

Nas últimas semanas em Salvador, como se não bastasse um maníaco da seringa, a cidade vem tendo que aturar também palhaços psicopatas atacando as pessoas no meio da rua. São palhaços com porretes, facão, facas, alguns só querendo assustar, outros para conseguir seguidores no seu canal do youtube e aqueles só querendo chamar a atenção. De certa forma isso implica no receio das pessoas saírem de suas casas para fazer qualquer coisa, afinal de contas, cada um preza pela sua integridade física, mas sempre tem aqueles que preferem seguir com o seu cotidiano, com seus trabalhos e, inclusive, divertimentos. Foram nessas condições que aconteceu, na última quinta feira, a terceira edição do Soterorock Sessions, evento periódico do site que leva ao palco três bandas autorais daqui, sempre visando contribuir com a alta frequência de shows na cidade. Muita gente compareceu ao Taverna Music Bar, deixando a casa um verdadeiro inferninho no melhor sentido da palavra dentro do dicionário roqu

Noite quente e reinvenção pertinente.*

Na última terça feira teve mais um jogo da seleção brasileira de futebol pelas eliminatórias da Copa do Mundo e, mais uma vez, teve uma noite quente de rock na capital baiana. É claro que, sem pensar duas vezes, não iria ficar em casa para ver o Brasil contra a Venezuela. Nem se fosse contra uma seleção menos freguesa optaria por assistir o time nacional nesta véspera do feriado no lugar das três bandas daquela noite. Ainda mais com uma oportunidade mais do que interessante de se presenciar dentro da cena local, como foi no evento Quanto Vale o Show? do dia 11/10/16. A chegada foi no início da noite, bem a tempo de pegar um Rio Vermelho ainda vazio para ver o povo se encontrando aos poucos. E foi bem assim, a presença e comunhão de novos e velhos amigos dessa jornada roqueira baiana foi acontecendo de vez em vez, com cada um somando ideias ao papo em seus ganchos finais a medida em que chegavam, até tudo se transformar em uma grande via de conversas boas e intermináveis, com f

O violão, a lua e o bom cheiro do café.*

Havia muito tempo que não assistia a um show do André L. R. Mendes, muito tempo mesmo. Da minha memória, o último que me recordo de ter visto foi uma apresentação que ele fez ao lado dos seus companheiros de Maria Bacana quando a banda abriu o show Veneno Vivo, da Cássia Eller, na Concha Acústica do TCA no já longínquo ano de 1996. Bem próximo de lá, no Hauss Kafee, vinte anos depois, o compositor fez o show de estreia do seu disco, Todas As Cores, e confesso logo de cara o quanto foi bom ver o músico novamente em cima do palco, empunhando o seu instrumento. O local escolhido para o lançamento do seu mais recente trabalho foi bem adequado para a proposta do seu som. Um ambiente acolhedor, ao ar livre, diferente dos locais onde acontecem shows de rock por aqui, um café com paredes com um amarelo ouro predominando pelo ambiente, deixando o artista e o público tranquilos. O cheiro do café espalhado pelo lugar tornou árdua a resistência em degustar um cappuccino e um expresso, que

Como uma força da natureza.*

Salvador, meio de semana. Uma quinta feira com cara de quase final de semana, um início de noite levemente chuvosa na capital baiana e jogo da seleção brasileira contra a seleção da Bolívia pelas eliminatórias. Então o negócio era ficar em casa, certo? Negativo! A resposta é um não bem redondo, pois na cidade estava por acontecer o evento Noites de Radioca, no qual a aguardada grade da segunda edição do Festival Radioca, que acontece em dezembro, seria anunciada e, que traria como atração musical os sergipanos do The Baggios para esta ocasião. E se engana aquele que pensa que o nome da dupla tem relação com copa do mundo. Na chegada no Portela Café dava para ver que o lugar estava cheio e fervilhando por uma boa noite de rock. Muita gente curiosa para saber das atrações do evento e arrisco em dizer que a mesma quantidade de pessoas ansiosas para ver a banda de perto novamente por aqui. Na casa, o dj El Cabong mandava temas da nova MPB e do rock baiano e nacional, enquanto algum