Hallo
Leute! Domingo passado (29 de novembro), como amante de bebida e cultura alemã,
decidi ir ao Biergarten no Trapiche Barnabé, evento nos moldes alemãs que
trouxe bebida, comida e música em um ambiente agradável (biergarten significa
jardim de cerveja em alemão). Peguei meu chapéu verde com peninha que comprei
em Blumenau ano passado e fui lá tomar cervejas artesanais. O evento foi caro,
15 reais a entrada e com cervejas que iam de 6 a 25 reais e algumas ainda mais
caras. Mas, como eu havia dito, gosto muito da cultura alemã e paguei sem
pensar duas vezes. A surpresa agradável foi que chegando lá descobri que o Eric
Assmar Trio iria tocar, fato esse que tornou a entrada “mais barata”. Tocaram
ainda antes da minha chegada a SSA - Som Soteropolitano Ambulante com
Participação de JP, que eu, sinceramente, não tenho a mínima ideia do que se
trata por não ter visto o show, por tanto não posso comentar.
Eric Assmar trio começou meio tímido e aos poucos foi
chamando atenção do público. O trio consta de Eric Assmar na guitarra, Rafael
Zumaeta no baixo e Thiago Brandão na batera. A banda mostrou que tem um som bem
encorpado que consegue atrair uma platéia que não está muito acostumada com blues
e rock and roll. A banda também parece que redefiniu o conceito de “pocket
show”, já que a mesma fez uma apresentação de duas horas sem se tornar, de
forma alguma, chato!
Aqui eu faço um pequeno intervalo para fazer um elogio e
propaganda a uma cerveja que tomei: Estrela Tricolor, cerveja é clara, de baixa
fermentação e com suave aroma de lúpulo. Vale a pena experimentar, mesmo se você
torce para o Vitória (pasmem, rs).
Mas enfim, voltando ao show. Senti falta de mais músicas
próprias, uma vez que o show constou de muitos covers como Eric Clapton, Gary
Moore, Chuck Berry, BB King, Howlin’ Wolf e Louis Armstrong, porém compreendo
que um show para uma platéia não muito roqueira trazer sons de outros artistas
ajuda a chamar atenção. Mas, não sendo injusto, a banda trouxe materiais
próprios inclusive músicas que estarão no próximo álbum da banda que sairá no
primeiro semestre de 2016.
Outro ponto que me chamou atenção foi quando a banda
trouxe o riff do White Stripes, Seven
Nation Army. A banda, a meu ver, deveria tocar a música toda e não ficar
somente no riff, justamente para mostrar para a platéia que a música é muito
mais do que é tocado nos estádios. Fora esses pontos, que são pessoais, o show
foi excelente, bastante animado e conseguiu chamar atenção do público. E por
fim, volto para casa de táxi, bêbado, já que sou um bêbado responsável. Volto
bêbado e feliz com uma noite de blues e rock and roll. Auf Wiedersehen!
**Matéria originalmente publicada em 04/12/2015, por Rodrigo Vergne.